domingo, 2 de junho de 2013

Mesmo com estrutura superior, entenda o porquê do JEC ainda estar tão longe da Caixa

O principal motivo é a falta de apoio político para trazer o apoio da estatal ao Joinville


Nos últimos anos, o Joinville vem conquistando - além de excelentes resultados dentro de campo -  importantes melhorias extracampo: construção do Centro de Treinamento, aumento do número de sócios, dívidas bem controladas, pagamento em dia de seus jogadores etc. Mas isso parece não ser o bastante para conseguir o patrocínio da Caixa Econômica Federal.

No começo do ano, até chegou a ser marcada uma reunião na Acij com a participação do superintendente do banco, Wilson Zarpelon. A torcida também foi convidada para mostrar a força, porque, segundo especulava-se, eles queriam 10 mil contas para a confirmação do apoio. Contudo, nada saiu do papel.

Collor assinando acordo entre Caixa e ASA - Foto: Divulgação
O que realmente importa, ao que parece, é ter apoio e representatividade política em Brasília. Fernando Collor, ex-presidente e agora senador por Alagoas, usou seu "prestígio" para convencer os diretores da estatal a patrocinar em R$ 1mi o ASA, de Arapiraca.

Em Santa Catarina, a dupla da Capital também já conta com a verba do banco. Ambos recebem mensalmente R$ 200 mil. No Estado de Goiás, três times recebem o apoio. Atlético-GO, que tem média de público como mandante pífia, arrecada somente a partir da Caixa R$ 400 mil. Valor maior que todos os patrocinadores do JEC juntos. No Paraná, Coritiba e Atlético embolsam R$ 500 mil e R$ 300 mil, respectivamente.

Entretanto, nada chega perto ao valor repassado aos dois clubes de maior torcida do Brasil. Ao Corinthians, a Caixa disponibiliza cerca de R$ 30 mi/ano, ou seja, 2,5 mi mensais. Para o Flamengo são destinados R$ 25 mi anuais, isto é, R$ 2,08 mi/mês.

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A Caixa Econômica Federal será a empresa que mais irá investir no futebol brasileiro em 2013. Serão injetados, somente em patrocínios diretos aos clubes, cerca de R$ 100 mi. No ano passado, o Banco de Minas Gerais (BMG) chegou a apoiar diversos times pelo Brasil, inclusive o JEC, mas por uma mudança de planos, nesse ano, os diretores resolveram escolher apenas alguns clubes.

E aí, Tebaldi e Luiz Henrique? - Foto: Jaque Mello/Divulgação
Agora é esperar e cobrar dos governantes catarinenses e, principalmente, joinvilenses para que ajam a favor do JEC. O deputado federal Marco Tebaldi e o senador Luiz Henrique da Silveira, que já foram prefeitos de Joinville, devem procurar apoio em Brasília. Pois, afinal de contas, quem os elege são os eleitores da maior cidade de Santa Catarina.

                 
                   OPINIÃO

O principal repelente da chegada da Caixa Econômica Federal aos apoiadores do Jec me deixa abismado, pois a "força" política raramente deixa de lado ações que, com pouco esforço e "prejuízo" próprio, venham a lhes angariar votos e prestígio. Afinal, todos nós sabemos que mexer com futebol é mexer com paixão, é mexer com os sentimentos de uma massa tão apaixonada e que cada vez cresce mais.

Em Santa Catarina temos a maior cidade do estado que não é uma capital, que não tem o turismo das praias, que não tem o frio da serra: temos uma cidade de trabalhadores, industriais, gente esforçada que encontra nas raras opções fornecidas o seu lazer. Além disso, temos um povo apaixonado por seu clube e que lota o estádio nas derrotas e nas vitórias. Isso tudo, essa simplicidade e amor munícipe, obrigam os detentores do poder e da responsabilidade social a cumprirem bravamente o seu papel, o papel de lutar pelo que o povo quer.

A torcida do Jec clama por uma representação de qualidade e de presença forte junto aos senhores estatais e à capital nacional, Brasília. Não podemos impedir que nosso futebol deixe de crescer pela falta de trabalho, de responsabilidade e de empenho de quem é escolhido e muito bem pago para o fazer. Lutemos! Avancemos! Autoridades, ouça-nos! Avante, Joinville!


Reportagem de Yan Pedro e Opinião de Guilherme Kuhnen
Fontes: Novo Jornal, InfoEsporte, Gazeta do Povo, Folha de SP, Lauro Jardim, Giro da Bola

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